A Kauffmann Cacau Industrial e Comérco denunciou, por meio de uma nota à imprensa, que sofre perseguição por parte da gestão municipal de Itabuna, no sul do estado. A empresa declara que a prefeitura, sob o comando do prefeito Capitão Azevedo (DEM), atribuiu a ela a responsabilidade pela desocupação da Igreja Batista Nacional Betânia dos galpões de sua propriedade, que, por um tempo, alocou a infraestrutura industrial da Kildare. No último mês de dezembro, a determinação de desocupar o espaço religioso pegou os fieis de surpresa. Na época, houve uma moção de repúdio movida pela igreja contra a administração pública por não ter sido comunicada previamente sobre a desapropriação. Em entrevista ao Bahia Noticias, Fernando Kauffmann, advogado da indústria, afirmou que a propriedade onde foram construídos os galpões para sediar a unidade industrial da Kildare é alvo de uma briga judicial que começou em 2001, com um decreto estadual que determinava a titularidade de utilidade pública. Desde então, todo o processo que havia retirado a posse do imóvel dos Kauffmann's foi considerado nulo pela Justiça, por apresentar diversas irregularidades. Ele acredita que a família é vítima de uma perseguição, mas alega não saber quais são os reais motivos. Ele lembra que a briga judicial foi reacendida após uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) de determinar a reintegração de posse do imóvel para a empresa, dez anos depois do início do processo. A prefeitura, dois meses depois do início de regularização das escrituras dos galpões, publicou um decreto expropriatório, com o argumento de que seriam terras de utilidade pública, sem levar em consideração a construção dos galpões no terreno. Um mandado de segurança expedido pelo TJ-BA suspendeu os efeitos do decreto municipal, e reassegurou novamente a posse do imóvel. A reportagem do Bahia Noticias tentou falar com representantes da prefeitura de Itabuna, com os secretários de Comunicação, de Governo e Administração, mas não obteve sucesso.