O Carnaval de Salvador 2012 vai custar aos cofres do Estado R$ 10 milhões, distribuídos para pagamento de artistas, produção e infraestrutura da folia. O valor é o mesmo aplicado no ano passado. O anúncio foi feito nesta terça, 17, em uma entrevista coletiva no Palácio Rio Branco. Além do valor geral do investimento do governo, foram apresentados dados sobre a programação.
Os artistas que tiverem interesse em se apresentar para o folião pipoca têm até esta sexta-feira para participar da chamada pública da Secretaria Estadual da Cultura (Secult). Serão contemplados 20 projetos musicais, no valor de R$ 45 mil cada. Notoriedade, presença de novos talentos e a quantidade de artistas envolvidos (mínimo de três) são os critérios para definir a seleção.
“A proposta é renovar a cara do Carnaval de Salvador e, por meio da chamada pública, todos têm as mesmas chances. Estamos investindo R$ 900 mil para que o folião pipoca se divirta com a mesma qualidade dos blocos pagos”, disse Rômulo Cravo, chefe de gabinete e secretário em exercício da Secult.
Além do projeto Carnaval Pipoca, que vai atender aos circuitos Dodô (Barra-Ondina) e Osmar (Centro), o governo financiará mais três projetos: o já tradicional Carnaval Ouro Negro, de apoio a 127 blocos afro, afoxés e grupos de samba (dez a menos que em 2011), com valor de R$ 5,3 milhões; o Carnaval do Pelô, com verba de R$ 583 mil (três vezes menos que em 2011); e a novidade, que é o projeto Outros Carnavais, para preservar festas tradicionais da folia no interior e que escolheu Maragojipe (a 133 km da capital) para ser o município contemplado, por meio de convênio com a prefeitura, com recursos da ordem de R$ 295 mil.
Apesar da redução de verbas para o Centro Histórico, o governo aposta na diversidade nas praças e ruas, com 53 artistas e bandas, de vários ritmos musicais, como forró, rock, reggae e samba.
Singular - Sobre o resgate da festa no interior, a diretora do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), Arany Santana, destacou que “o Carnaval de Maragojipe é marcado pela singularidade. A festa já foi tombada, mas precisa ser ainda mais divulgada e valorizada. Por isso escolhemos esta cidade para fazer um intercâmbio cultural com a folia de Salvador”.
A Tarde
