As
famílias brasileiras responderam por 56,3% das despesas com consumo final de
bens e serviços de saúde no país entre 2007 e 2009, segundo dados divulgados
nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
De 2007 para 2009, os gastos com bens e serviços de saúde na
economia brasileira cresceram 10,9% e fecharam 2009 em um total de R$ 283,6
bilhões em 2009.
As despesas per capita das famílias subiram de R$ 698,98 em
2007 para R$ 835,65 em 2009 – um aumento de 19,6%. Já os gastos do
governo na administração pública (que inclui as esferas de governo federal,
estadual e municipal) subiram de de R$ 502,36 em 2007, para R$ 645,27 em 2009,
um crescimento, em valores correntes, de 28,4%.
Em 2009, de acordo com a pesquisa “Conta Satélite de Saúde”, as
famílias gastaram R$ 157,1 bilhões em bens e serviços de saúde, o que
representou 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Incluindo as despesas de
instituições sem fins lucrativos, os gastos com saúde em todo o país em 2009
alcançaram R$ 283,6 bilhões – 8,8% do PIB.
As despesas da administração pública tiveram participação menor
na economia no mesmo ano: ficaram em R$ 123,6 bilhões – o equivalente a
3,8% do PIB.
“Em 2009, as principais despesas de consumo final das famílias
foram com outros serviços relacionados com atenção à saúde, como consultas
médicas e odontológicas, exames laboratoriais etc. (36,3% do total) e com
medicamentos para uso humano (35,8%)”, afirma o IBGE em nota.
No caso da administração pública, 66,4% do total gasto em 2009
foi com saúde pública. Já os gastos em unidades privadas contratadas pelo SUS
responderam por 10,8%, enquanto os medicamentos para distribuição gratuita
corresponderam 5,1% das despesas.
Renda e postos de trabalho
Segundo o IBGE, a renda gerada pela saúde cresceu 2,7% em 2009,
abaixo da alta de 5,9% verificada no ano anterior. Com o crescimento, em 2009
as atividades de saúde foram diretamente responsáveis por uma geração de renda
de R$ 173,3 bilhões, ante R$ 154,0 bilhões em 2008.
O levantamento aponta ainda que as atividades de saúde respondiam, em 2009, por 4,5% dos postos de trabalho no país, uma leve alta ante os 4,4% do ano anterior, resultado da geração de cerca de 115 mil novas vagas.
Correio