13 janeiro 2012

Julgamento de acusado de matar Eloá é marcado para fevereiro

Eloá Pimentel, 15, que foi baleada na cabeça após ficar cem horas rendida pelo ex-namorado na Grande SP

Eloá era ex-namorada do acusado e foi mantida em cárcere privado em sua casa, em Santo André, por cerca de 100 horas. A polícia invadiu o local e a adolescente e sua amiga Nayara Rodrigues foram baleadas. As duas foram socorridas, mas Eloá não sobreviveu.

O júri popular já havia sido marcado para fevereiro do ano passado, mas foiadiado e o processo voltou à fase de audiências. 

Testemunhas de defesa e de acusação foram ouvidas e a Justiça voltou a determinar que Lindemberg fosse a júri popular.

Ele responde pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio (contra Nayara e que também foi rendida, e contra o sargento Atos Valeriano), cárcere privado e disparo de arma de fogo.

CRIME

O crime ocorreu em um conjunto habitacional do Jardim Santo André, em Santo André. Segundo a acusação, Lindemberg não se conformava com o fim do relacionamento com Eloá.

Na ocasião, a adolescente estava em companhia de três amigos --dois garotos liberados no mesmo dia e de Nayara que, apesar de ter sido libertada 33 horas depois, retornou ao apartamento no dia 16 de outubro.

No desfecho do caso, após Eloá ser mantida em cárcere por cerca de cem horas, a polícia invadiu o apartamento, alegando ter ouvido um tiro de dentro do imóvel e porque o comportamento de Lindemberg naquele dia estava bastante agressivo.

A acusação diz que o rapaz atirou contra Eloá e Nayara, causando a morte da ex-namorada e ferindo a amiga dela na boca. A defesa sustenta que o tiro que matou a jovem partiu de policiais.

  Folha