Salvador é a sexta cidade do Brasil mais procurada por turistas de
outros países. Fica atrás do Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Florianópolis,
São Paulo e Búzios, segundo revela uma pesquisa realizada pelo Ministério do
Turismo em outubro de 2011. Mesmo ocupando posição de destaque no ranking do
turismo internacional, os atrativos da capital são prejudicados pela má
conservação dos equipamentos turísticos e até mesmo com a falta de qualificação
dos trabalhadores da área, a exemplo do domínio de um segundo idioma.
Apontados como os quatro principais cartões-postais de Salvador, a
Igreja do Bonfim, o Farol da Barra, o Pelourinho e o Elevador Lacerda
apresentam problemas dos mais variados, segundo avaliação de quem os visita.
Assédio - Assédio de vendedores ambulantes, assaltos, dificuldade de acesso,
falta de infraestrutura, sujeira e sensação de abandono são os itens mais
apontados pelos frequentadores e guias como pontos negativos para o
turismo na cidade. “O assédio dos vendedores é muito forte e incomoda. Me senti
tão coagido que comprei uma correntinha”, diz Maurício Sabino, de São Paulo.
Vendedor ambulante há mais de 20 anos, Florisvaldo Costa diz que a
abordagem dos turistas é a única forma de garantir a vendas dos seus
produtos. “Chego na simpatia e ofereço dicas do que fazer na cidade. Eles
terminam levando alguma lembrança da Bahia”, diz o ambulante.
Transtornos - Aproximadamente 900 mil pessoas utilizam por mês o
Elevador Lacerda, e no verão este número ultrapassa 1,5 milhão de
usuários. Mas conseguir fazer a viagem de 22 segundos entre as duas cidades não
é para todo mundo. Com a capacidade de funcionamento reduzida, apenas três
cabines estão em atividade, enormes filas se formam, gerando transtornos para
turistas e também para os moradores da cidade.
“Fiquei
aguardando a minha vez de embarcar, mas como o roteiro tem hora marcada, tive
de desistir e subir para o Pelourinho de ônibus. Queria ter conhecido o
tão famoso elevador”, queixa-se Marina Apendino, paranaense em lua de mel
na cidade.
Para
tentar amenizar a situação, a prefeitura oferece gratuitamente o serviço
de micro-ônibus entre os dois pontos da cidade.
Bonfim - Definida como a meca dos católicos brasileiros, a Igreja do Bonfim
tem o acesso como entrave para a visitação. Poucas são as linhas de
transporte público até a sagrada colina. Também é alvo de reclamação dos
visitantes a limpeza pública precária das ruas.
A Tarde