A
Associação Americana do Coração, sociedade que reúne os cardiologistas dos EUA,
divulgou nesta quinta-feira (19) uma nota científica afirmando que pessoas com
doenças cardiovasculares como o infarto e o derrame podem ter relações sexuais
normalmente, sem colocar a vida em risco.
Recentemente,
um estudo afirmou que o sexo, como qualquer atividade física intensa, aumenta o
risco de infarto e morte súbita.
O texto
publicado agora pela “Circulation”, revista da associação, destaca que o sexo é
importante para combater a ansiedade e a depressão, e que a duração de uma
relação é, em geral, curta demais para provocar infartos.
O artigo
recomenda que cada paciente que recebe o diagnóstico de uma doença
cardiovascular consulte seu médico antes de retomar as atividades sexuais. Nos
casos de doenças cardíacas mais graves, quando os sintomas se manifestam mesmo
em repouso, os especialistas dizem que é preciso estabilizar a doença antes de
voltar a fazer sexo.
A melhor
forma de retomar a vida sexual normal com saúde é, segundo os médicos, tratar a
doença cardíaca e praticar atividades físicas regularmente. Se o paciente
apresentar disfunção sexual, deve ficar atento para a possibilidade de ela seja
causada por algum problema cardiovascular, ansiedade ou depressão.
Em
nenhuma hipótese a medicação deve ser interrompida por receio de que os
remédios afetem o desempenho sexual. No caso de homens com a doença
estabilizada, remédios que estimulam a ereção podem ser utilizados, exceto nos
casos em que o paciente tome algum medicamento à base de nitratos.
Para as
mulheres, é preciso considerar os riscos de cada método anticoncepcional antes
de adotá-lo. Também é preciso consultar o médico para saber se é seguro
engravidar. Após a menopausa, a reposição hormonal do estrogênio pode ser feita
sem problemas por meio de adesivos ou do anel vaginal.
Correio