O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse nesta segunda-feira que vai manter o corte de ponto dos professores em greve há 41 dias na Bahia. O impasse deixou sem aulas centenas de milhares de estudantes. O APLB Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da BA) estima que 85% dos 37 mil professores aderiram ao movimento. O governo diz que 630 escolas em 230 municípios estão funcionando normalmente. A rede estadual da Bahia atende 1,1 milhão de estudantes matriculados em 1.422 escolas, em 417 cidades. "Até como ex-sindicalista que fui, entendo que salário é contraprestação de serviço. Se não houve o serviço, não entendo por que alguém acha que tem de receber salário", disse o governador na tarde desta segunda. Os professores pedem um reajuste de 22,22% --o mesmo reajuste do piso nacional da educação (R$ 1.451).
O governo, que alega que os educadores baianos já recebem acima do piso, diz que a reivindicação é irreal. "Greve não tem bom senso, não é razoável e esse governo sempre esteve aberto ao diálogo. Eles estão pedindo 22%, aí eu fecho o Estado e entrego a chave", criticou o petista. O APLB Sindicato deverá realizar uma nova assembleia nesta terça, em Salvador.(Folha)