(Manifestação dos professores e alunos das escolas estaduais na Praça Rio Branco em Santo Antônio de Jesus)
Na manhã desta sexta-feira (11), aconteceu em Santo Antônio de Jesus uma manifestação na Praça Renato Machado (antiga Praça Rio Branco) promovida pela APLB com o objetivo de explicar os motivos da greve dos professores da rede estadual de ensino. O professor Carly Sherman em entrevista ao repórter Marcus Augusto do Voz da Bahia explicou que o número de professores no movimento na cidade é reduzido, porém a categoria é forte e unida sendo fortalecida cada vez mais, “a greve continua e irá se prolongar até o governador Jaques Wagner sentar e conversar com os professores respeitando nossa categoria”, alegou.
O professor ressaltou que está sendo reivindicada uma causa justa e a minoria presente na manifestação está tentando levar até a governadoria o clamor afim de que ele abra as negociações entendendo como justa a causa e garantia de direitos assistidos. “Não só estamos lutando pelo aumento, mas também por uma escola pública de qualidade para que nossos alunos possam concorrer com igualdade aos alunos de rede particular”, salientou. Segundo Carly, pais e alunos estão parabenizando os professores, colocando-se a favor da greve por entender a luta, querendo que seus filhos sejam futuramente pessoas de bem, o que é possível através da educação.
O secretário de educação do estado da Bahia afirmou que o governo não deve nada aos professores, estando tudo na mais devida ordem. A respeito desta informação Sherman comentou que o secretário representa o interesse do governador tendo que se manter na sua função garantindo o que ele quer, reproduzindo os interesses do governador. “O secretário não representa interesse da nossa categoria, quem representa são os professores que estão aqui, e o tempo todo ele e o governador tem ido aos meios de comunicação sem falar a verdade dizendo que nós ganhamos R$ 3.600,00, estamos aqui mostrando o nosso contra-cheque e divulgando uma carta mostrando que um professor ganha apenas R$ 700,00 e não tem condições de sobreviver de dar uma vida digna as suas famílias, isso é justo?”, questionou.
“Nós que vivemos na sala de aula temos o conhecimento real de como está a educação pública na sociedade, ela não é pública, nem gratuita, ela tem recursos, o estado é rico e tem condições de assumir e melhorar a vida dos professores”, finalizou Carly.vozdabahia