No passado eles eram amigos e Silvio Santos até assinou um contrato autorizando ser imitado pelo ator Wellington Muniz, o Ceará, no humorístico Pânico. Mas, segundo o blog do jornalista Daniel Castro, tudo mudou. Em sua recente ida para a Band, após deixar a RedeTV!, o programa já colhe seu primeiro processo. Segundo Daniel Castro, os humoristas do Pânico e todos os profissionais da Band estão proibidos de imitar, captar e exibir imagens e até de se aproximarem do apresentador Silvio Santos. Por determinação do desembargador Vito Guglielmi, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na última segunda-feira, os profissionais da Band estão proibidos de se aproximarem do apresentador em um raio de 100 metros, para captar imagens ou fazer entrevistas. Guglielmi também proibiu a Band "da perseguição, do cerco e do constrangimento à participação de Silvio Santos, dono e apresentador do SBT, em seus programas. Ainda de acordo com a decisão judicial, a Band também está impedida de fazer a "captação, utilização e exibição de suas imagens [de Silvio Santos] e características pessoais, inclusive por meio de imitações e caricaturas, principalmente no que envolva a sua exploração não autorizada, sob pena de multa diária de cem mil reais".
Portanto, o humorista Wellington Muniz, o Ceará, que casou ontem com Mirela Santos, não pode mais interpretar o personagem que o consagrou na tevê, já no programa deste domingo (2). Castro conta ainda que a medida afeta todos os programas da Bandeirantes e que a liminar de segunda instância], foi pedida pelo próprio Silvio Santos. O dono do SBT teria ficado "profundamente aborrecido" com o fato de humoristas do Pânico terem dublado uma ação sua, colocando em sua boca um palavrão que ele não teria dito.
Assista ao vídeo abaixo:
O jornalista conta que nos programas dos dias 6 e 13 de maio, o Pânico mostrou Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo, abordando Silvio Santos na entrada do salão de cabeleireiros Jassa, em São Paulo. Silvio Santos não quis conversa. Fez um gesto que o Pânico interpretou como um palavrão ("vai se f..."). Silvio Santos recorreu ao Tribunal de Justiça porque não teve sucesso na primeira instância da Justiça. O juiz que analisou o caso negou liminar porque, avaliou, feriria a liberdade de imprensa.