
Sites de compra, venda e doação de leite materno têm aparecido em países como Estados Unidos e Reino Unido como alternativa para mulheres que não podem amamentar seus bebês ou querem ganhar dinheiro com a quantidade excedente que produzem. Algumas mães também têm usado as redes sociais, como Twitter e Facebook, para trocar informações sobre amamentação. Há endereços que vendem online cada 30 ml por R$ 2 e oferecem até amas de leite. É o caso do site americanoonlythebreast.com ("Apenas o peito"), que tem uma versão britânica e informa logo na página principal: "Nosso discreto sistema de classificação torna possível vender ou comprar leite materno de forma limpa e privada".
Outro exemplo é o Eats on Feets ("Comer em pé"), com atuação no Facebook e alcance em países como EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Segundo o cofundador do onlythebreast.com, Glenn Snow, o site foi criado quando suaa mulher, Chelly, se interessou em vender o leite extra para ganhar um dinheiro a mais. Foi então que ela percebeu que centenas de mães estavam à procura da mesma coisa, mas não encontravam opções online, enquanto outras não conseguiam achar leite em hospitais ou bancos de leite, o que as levava para a internet.
"Chelly me pediu para construir um site dedicado às mães que querem compartilhar seu leite com bebês que precisam", diz Snow. De acordo com ele, uma grande porcentagem das doadoras do site são submetidas a exames de sangue para garantir a segurança do material. "Também oferecemos exames de sangue a preços menores. Além disso, explicamos como bombear, armazenar e enviar o leite. As mulheres fazem o 'dever de casa' e entrevistam umas às outras para se certificar de que o leite que está sendo compartilhado é seguro. Até porque as mães já dão esse leite a seus filhos", acrescenta. Snow afirma, ainda, que o estoque dos bancos de leite é "extremamente limitado e caro", o que torna as opções quase nulas se não houver sites com esse. Ele diz que o onlythebreast fez uma pesquisa com 14 mil mães cadastradas (a maioria nos EUA) e descobriu que 90% não teriam condições de doar o leite sem receber algo em troca – o custo serve para suprir gastos com a bomba de leite, a embalagem e o envio. (Bemestar)