Acordar com dor de cabeça ou na mandíbula pode ser sinal de bruxismo. Muitas pessoas apertam e rangem os dentes enquanto dormem, um problema progressivo que pode desgastar e até mesmo amolecer os dentes. Segundo o cirurgião-dentista Rodrigo Bueno, consultor da ABO, o bruxismo é associado ao estresse em 100% dos casos. “Todos os pacientes com sintomas de bruxismo têm aumento, direto ou indireto, da tensão emocional”, diz. Assim, o acompanhamento psicológico, junto ao tratamento com o dentista, pode ajudar na cura do bruxismo, uma vez que a psicoterapia identifica e trata as dificuldades emocionais associadas ao problema. Para diminuir a tensão, é indicado praticar esportes, ioga e fazer exercícios de relaxamento.
Para Rodrigo, pessoas com bruxismo têm termômetro psicológico na boca. “O melhor é perceber que o problema não vem do nada e tentar achar suas causas no dia a dia”, afirma. O profissional explica que qualquer situação estressante pode piorar o sintoma. “Se o frio funcionar como agente estressante para uma pessoa, é possível que aumente a tensão”, exemplifica. No consultório do dentista, o método usado para tratar o bruxismo é o encaixe de placas de acrílico na arcada dental, especialmente durante a noite. Estas placas ajudam a distribuir a força muscular em todos os dentes. Por último, o dentista deve fazer um ajuste fino do fechamento da boca através de seus instrumentos odontológicos de corte. Este procedimento é seguro e indolor ao paciente e rapidamente leva a um alívio do sintoma.
Crianças
Apesar de ser mais frequente entre os 15 e 40 anos, o bruxismo pode afetar pessoas de todas as idades. Durante a infância, o problema é mais comum na fase das trocas dentárias. “É possível existir desde a conclusão da oclusão infantil (dentes de leite) e pode ganhar destaque nas fases de trocas dentárias devido aos desequilíbrios mastigatórios comuns ao período”, explica Bueno. (Terra)