A audiência pública realizada ontem para ouvir envolvidos no caso das adoções ilegais de crianças no município de Monte Santo trouxe poucos esclarecimentos ao caso. A possibilidade de novos fatos foi frustrada pela ausência do juiz de Monte Santo, Luiz Roberto Cappio, e do juiz que autorizou a adoção das cinco crianças, Vitor Manoel Xavier Bizerra. Segundo a senadora Lídice da Mata, relatora da CPI, as ausências são salvaguardadas pela constituição, pelo fato da comissão não ser um fórum com autoridade de questionar a atuação dos magistrados. Outra ausência foi a de Carmem Kiechofer Topschall, a suposta mediadora nas adoções. Ela encontra-se foragida. Com isso, a principal pessoa a ser ouvida foi o promotor de justiça, que trabalha em Monte Santo, Luciano Tocques Ghignone. Perguntado se houve conivência de magistrados no caso, o promotor de Justiça do Ministério Público respondeu que apesar de serem flagrantes as falhas no processo, não há menções nos autos sobre atuação de magistrados que os impliquem como participantes de uma suposta rede de tráfego de crianças através de adoções ilegais. (Tribuna)