“Tenha desejos possíveis e faça metas que você consiga realizar” – ao ouvir essa frase, dita pelo endocrinologista Alfredo Halpern no último Bem Estar de 2011, Idalia Andrades Silva resolveu mudar seu estilo de vida. Na época com 84 kg, a baiana de 39 anos que mora em São Paulo desde os 9 meses de idade, conta que usou esse incentivo para dar o primeiro passo que há tempos vinha adiando. “Sempre fui muito sozinha, só trabalhava e via novela. Realizei o sonho de casar, mas me separei aos 33 anos e fiquei deprimida”, lembra. Idalia conta que percebeu seu excesso de peso ao ver uma foto de um casamento em que havia sido madrinha em novembro daquele ano. “Logo vi que precisava mudar de vida e a frase que ouvi no programa contribuiu”, avalia. Ela resolveu, então, aceitar o convite da irmã para entrar na academia. “Sempre começava, mas abandonava. Mas dessa vez, me matriculei e não parei mais”, conta. Foram necessários só 2 meses para Idalia começar a perceber as mudanças em seu corpo e também em sua vida social. “Além dos benefícios estéticos, a academia me trouxe também amigos e, com eles, realizei meu grande sonho de visitar o Rio de Janeiro”, diz.
A viagem aconteceu em julho de 2011, quando a baiana passou um fim de semana na Cidade Maravilhosa junto com um grupo da academia, para participar de uma maratona. “Corri 6 km e adorei, foi ali que percebi que estava no caminho certo”, avalia. Idalia conta que conheceu o Cristo Redentor e todas as praias que via apenas pela televisão, nas novelas. “Foi maravilhoso”, lembra. A corrida, aliás, foi uma das grandes paixões de Idalia quando entrou na academia, junto com as aulas de dança e aeróbica. “Ia à academia de segunda a sexta e ficava até 3 horas lá todos os dias. O exercício físico me tirou do fundo do poço não só fisicamente, mas psicologicamente também porque, além de malhar, conheci muitas pessoas diferentes”, diz. Hoje, mais de um ano depois, ela continua se exercitando todos os dias e diz que sente falta quando não consegue ir. “Passei a gostar e me encontrei na corrida e na dança. Acho que a dica é essa: descobrir uma atividade que dê prazer”, recomenda...
Junto aos exercícios físicos, ela mudou a alimentação com a ajuda de um programa da academia. “Comia muita massa, pizza, fritura e diminuí tudo isso. Hoje, legumes, verduras e frutas são 90% da minha alimentação”, diz. Idalia alerta, no entanto, que não fez nenhuma restrição na dieta, apenas foi substituindo os alimentos. “Essas trocas foram dando resultado aos poucos”, avalia. Para a baiana, a paciência é extremamente importante para quem precisa mudar o estilo de vida. “Demorei um ano para conseguir e ainda falta muito. O importante é que fiz tudo com muito prazer, ou seja, comia bem porque gostava, corria e dançava porque gostava”, afirma. Atualmente com 69 kg, 15 kg a menos na balança, ela diz que correr e comer de 3 a 4 frutas por dia, por exemplo, são hábitos que já fazem parte de sua rotina. “Muita gente desiste logo porque acha que vai sofrer com a mudança, mas tem que ter determinação”, acredita.
Fora a diminuição na balança, ela reduziu também suas medidas e logo foi percebendo as mudanças na hora de se vestir. “Hoje consigo ir para a academia com uma regata e não com uma camiseta grande como ia antes, quando tinha aquela gordurinha do lado”, lembra. Idalia diz que ficou muito mais vaidosa e começou a sair e se relacionar melhor com as pessoas. “Eu tinha vergonha de conversar e hoje eu abri a cabeça”, conta. Sobre um possível futuro namorado, ela diz que ainda não o encontrou, mas que está aberta para um relacionamento. “Hoje eu sei o que me faz mal e estou mais blindada para o sofrimento. De qualquer jeito, meu foco mesmo agora é me amar primeiro, um novo amor seria uma consequência disso”, avalia. Pouco mais de um ano depois, ela analisa todos os benefícios que teve por causa de sua mudança. “Eu nasci de novo em 2012. Estava no fundo do poço e me resgatei. Fiz coisas em um ano que eu nunca imaginei que faria nos outros 38”, reflete. Atualmente, ela se considera uma pessoa totalmente feliz. “Eu não sabia o que era felicidade, mas hoje eu durmo e acordo feliz e isso é muito importante para mim”, avalia. Idalia ressalta que a luta ainda não terminou e ela quer perder mais peso. “Ainda preciso emagrecer, mas pelo menos sei que estou no caminho certo”, conclui. (G1)