Na última terça-feira (12), o canal de TV SBT Brasil exibiu uma matéria denunciando o esquema de venda de senhas que dão acesso a rede INFOSEG, maior banco de dados da segurança pública do país, Tal rede tem por objetivo a integração das informações de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização, como dados de inquéritos, processos, de armas de fogo, de veículos, de condutores e de mandados de prisão.
Sobre o assunto, o repórter Joselito Fróes entrevistou Roque Marques Rodrigues, residente em Santo Antônio de Jesus e dono da conta em que foi depositado o dinheiro pelo repórter do SBT referente a compra da senha do site. Roque diz que a emissora chegou à sua casa no sábado e informaram que o cidadão poderia estar sendo vítima do golpe e sua conta estava sendo usada, “o repórter chegou com um papel constando o número do meu CPF, meu nome e a quantia de dois mil reais, mas informei que não sabia desse dinheiro em minha conta”, comentou. O repórter questionou a Roque se o mesmo tinha acesso à página na internet e, negando, o entrevistado afirmou que nem sabia o que era INFOSEG.
Na matéria da emissora de televisão é exposto que duas horas após a reportagem deixar a cidade, a senha comprada pelo SBT foi cancelada. Diante disso, Roque se diz indignado, pois a emissora divulgou uma matéria como se ele fosse culpado da ação. O acusado comenta ainda que a quantia foi de fato depositada em sua conta, mas garante que não tinha conhecimento desse valor, “na verdade eu nunca movimento essa conta, então não tinha desconfiado de nada. A conta é utilizada pela minha esposa, pois ela vende confecção”, afirma o entrevistado que ainda explicou que o dinheiro não está mais na sua conta e não foi ele quem sacou as cédulas. Roque disse também que prestou queixa na delegacia, pois a imagem dele foi divulgada sem consentimento do mesmo, “eu moro em uma cidade pequena, então isso tomou uma repercussão muito grande”, desabafou. Tem pessoas ligando fazendo críticas e ironicamente dizendo que estou ficando famoso, “passo sem comer e dormir a três dias e podem investigar a minha vida que não vão encontrar nada”, concluiu.
Voz da Bahia
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