A farmacêutica Bárbara de Oliveira, de 35 anos, foi atacada até a morte pelo seu próprio cão, da raça pit bull, em Itapira, a 170 km de São Paulo. Ela estava sozinha com o cão em casa na noite de sexta-feira, quando foi atacada. Os vizinhos chamaram a Guarda Municipal após ouvirem gritos de socorro. A residência foi arrombada e o cão estava próximo da mulher. Ao perceber a chegada dos guardas, o animal fugiu para o quintal. A vítima foi encontrada inconsciente, com ferimentos nos braços e na região do pescoço. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas os médicos constataram que ela já havia morrido no local. Segundo informações de vizinhos e amigos, Bárbara e o marido criavam o cão havia 10 anos - o casal não tinha filhos. Imagens no perfil do Facebook da farmacêutica confirmam os relatos de que o pit bull chegava a dormir na cama do casal. O marido estava viajando no dia do ataque. A farmacêutica trabalhava no Hospital Municipal de Itapira e era considerada profissional dedicada. Segundo Rodrigo Silva Bertini, que é médico veterinário do Serviço de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura Municipal de Itapira e amigo da Bárbara, o cachorro já apresentava sinais de violência. Ele havia avisado à amiga que ela e o marido poderiam estar correndo risco de algo mais grave acontecer. “O cão já era considerado um ‘mordedor vicioso’, porque já havia mordido ela e o marido em ocasiões anteriores. Conversamos umas quatro vezes a respeito do cão e eu já havia aconselhado que ela tomasse cuidado e que não continuasse com o cachorro. Mas tudo foi em vão porque ela tinha verdadeira adoração pelo animal.” O caso foi registrado na delegacia da cidade. O cão está em observação no Centro de Zoonoses de Itapira.
Ele deverá ficar no CCZ durante 10 dias para verificação de sinais da raiva e entregue ao marido da vítima após esse período. “Caberá a ele decidir o que será feito do animal. Uma coisa é certa: esse cão não deve jamais ser doado a ninguém”, afirma Bertini. (Correio).