Quando sentou em frente à câmera na semana passada para filmar um vídeo para explicar sua indignação com a realização da Copa no Brasil, a diretora de fotografia Carla Dauden, 23, talvez não esperasse a repercussão que viria. Menos de 24 horas após postar o vídeo “No, I'm not going to the World Cup” ("Não, eu não vou para a Copa do Mundo"), mais de 500 mil pessoas viram as críticas. Carla, que mora nos Estados Unidos há cinco anos após passar a infância e a adolescência em Florianópolis (SC), afirmou que fez o vídeo por causa da falta de conhecimento dos americanos sobre a realidade do Brasil. “Toda vez que falava que eu era brasileira alguém falava da Copa. Mas ninguém sabia o que estava acontecendo”, disse, lembrando que, no geral, essas pessoas relacionavam a competição apenas a festas e alegria.
No vídeo, a brasileira explica pontos críticos da Copa, como gastos bilionários, suspeitas de superfaturamento e desapropriações, como o caso da aldeia Maracanã. Também levanta bandeiras comuns aos brasileiros contrários à competição, como usar os recursos para outras prioridades (educação, saúde, segurança) e reclama do discurso político relacionando a Copa com o legado. O vídeo, diz, foi feito antes das últimas manifestações em várias cidades brasileiras.
No vídeo, a brasileira explica pontos críticos da Copa, como gastos bilionários, suspeitas de superfaturamento e desapropriações, como o caso da aldeia Maracanã. Também levanta bandeiras comuns aos brasileiros contrários à competição, como usar os recursos para outras prioridades (educação, saúde, segurança) e reclama do discurso político relacionando a Copa com o legado. O vídeo, diz, foi feito antes das últimas manifestações em várias cidades brasileiras.