Após acordo firmado entre a Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus e Caixa Econômica Federal, a demolições dos ‘puxadinhos’,
foi adiada. De acordo informação do Promotor de Justiça, Dr. Julimar
Barreto, o prazo foi estendido em quinze dias para que a situação seja
regularizada, “existem inúmeras notificações a respeito desta situação e
cada um será estudado separadamente”, disse. Barreto informou ainda que
as pessoas notificadas serão convidadas para uma reunião entre a Caixa e
o Ministério Público para justificarem as suas construções. Em
entrevista a Andaiá FM, o jurista disse que na manhã de ontem (8) apenas
uma construção irregular seria removida, já que estava tomando todo o
espaço impedindo a passagem de moradores e transeuntes. A intervenção
não aconteceu devido a uma confusão generalizada
no local, onde grande parte dos moradores era contra a demolição das
construções, “a pessoa construiu um muro que bloqueou a rua. Ela foi
notificada anteriormente e mesmo assim prosseguiu a obra”, expôs.
O
Promotor relatou que muitos moradores são a favor das construções
enquanto outros são contra. De certo, percebeu-se que muitos deles
preferem aumentar a residência alegando que o espaço físico da casa é
pequeno demais e sem ventilação adequada, outros questionam as
construções e dizem serem afetados por tais modificações. A questão da
segurança também é questionada pelos residentes visto que a localidade é
afastada do centro e não dispõe de guarita nem posto policial nas
proximidades. De acordo Julimar Barreto algumas casas estão seriamente
avariadas devido à construção irregular. Em relação às denúncias de que
algumas destas residências estariam sendo alugadas e até mesmo sendo
vendidas, Barreto disse que este é um caso a parte, considerado um ato
criminoso e que será analisado pela Caixa, “um inquérito já está sendo
instaurado e caso seja confirmado tanto o vendedor quanto quem comprou
independente de documentação comprobatória perderão o direito pelo
imóvel”, declarou. Sobre a declaração quando em entrevista anterior, o
Promotor Julimar Barreto disse que pessoas de baixa renda não teriam
condição de comprar um automóvel, Barreto defendeu-se dizendo que seu
pronunciamento foi mal interpretado, reafirmando que todo cidadão,
trabalhador tem direito de modificar sua situação financeira, visto que o
leque de financiamento proporciona tal ato.