Disposto a confortar o elenco da Seleção Brasileira no vestiário após a histórica derrota desta terça-feira para a Alemanha, o campeão e ex-capitão Cafu disse em entrevista à Rádio ESPN que ficou chateado pelo presidente da CBF, José Maria Marin, ter pedido a sua saída. O mandatário pediu privacidade para conversar com jogadores e comissão médica depois de alguns minutos de visita. "O presidente José Maria Marin disse que não queria nenhuma pessoa estranha dentro do vestiário. Eu falei 'não sou uma pessoa estranha. Só estou aqui para dar um abraço nos meninos e dar carinho e conforto para eles. Não quero falar mais nada. Não quero falar com ninguém, não vou criticar ninguém, porque eu acho que nesse momento os meninos precisam de alguém que os apoie'. Foi o que eu fui fazer no vestiário", explicou o ex-lateral direito, campeão do mundo em 1994 e 2002. O ex-jogador mostrou surpresa com a atitude, principalmente pelo argumento segundo ele utilizado, de que nenhum estranho era bem-vindo. "Eu, humildemente, me retirei", afirmou Cafu. Segundo a asessoria da Confederação Brasileira de Futebol, Cafu pode ficar no vestiário por um longo tempo e conversou bastante com Luiz Felipe Scolari. Porém, a sua saída foi pedida no momento em que foi feita uma reunião entre o presidente, os jogadores e a comissão técnica. Derrotado na final da Copa do Mundo de 1998, o jogador explicou que teve experiências em situações como a desta terça-feira e comentou que o técnico Luis Felipe Scolari aprovou a sua visita ao elenco no Estádio do Mineirão. "Até havia falado com o Felipão: 'professor, posso dar uma palavra de incentivo para os meninos'? E ele me disse: 'nossa, capitão, pelo amor de Deus. Faço questão que você fale com eles'", contou. José Maria Marin será o presidente da CBF até o fim deste ano, quando deixará o cargo para Marco Polo Del Nero assumi-lo.