Em entrevista a Recôncavo FM, o Conselheiro de Saúde Municipal, em Santo Antônio de Jesus, Marcos Lessa falou a respeito da saúde publica e da falta de medicação nas Unidades de Saúde. Em 26 de agosto, o diretor da 4ª DIRES, Everaldo Júnior, promoveu um encontro entre entidades ligadas a saúde como o Conselho municipal, a secretaria de saúde da cidade, assim como o defensor público Mauricio Moitinho como representante da justiça, com o diretor de Assistência Básica da Saúde do Estado, Lucas Duarte, que segundo afirmou o entrevistado, assumiria de imediato a coordenação dos repasses e abastecimento de remédios as farmácias, “Duarte, na época, assumiu o compromisso de fornecimento imediato, no entanto ele desapareceu. Ninguém sabe ninguém viu”, disse. Lessa informou que já esteve na 4ª DIRES no intuito de esclarecer esta ausência e cobrar posição do estado diante desta situação e foi informado que não existe um contato direto com o diretor de assistência estadual, “o Everaldo no momento está em férias, e acredito que assim que ele tome conhecimento do que se passa se posicionará”, fala. Segundo Marcos Lessa, na reunião como representante do governo do estado, foi pedido pra que a remessa fosse expedida, que se fizesse uma listagem dos medicamentos faltosos ou aqueles de maior procura como os de uso contínuo, “prontamente atendemos ao pedido acreditando que tudo estaria solucionado mesmo que parcialmente e ficamos a ver navios”, declara.
Prefeitura de SAJ "tirou o corpo fora": Lessa disse que posições estão sendo tomadas para que a situação se inverta e uma delas é entrar com uma ação civil pública junto ao Ministério Público a fim de intimar os município e o estado a regularizar o fornecimento, “a responsabilidade maior é do município, já que este recebe recursos do governo Federal e uma contrapartida de medicamentos vindos do governo estadual e os dois estão se omitindo diante do caso”, acrescentou. Ainda de acordo o conselheiro, o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), tem atendido diversos pacientes com surtos psicóticos devido à falta da medicação continuada, “infelizmente está acontecendo e queremos sensibilizar os responsáveis para que providências sejam tomadas”, revela. Em relação ao posicionamento da secretaria municipal de saúde, Marcos Lessa alegou ainda que o município tirou o corpo fora assim que Lucas Duarte afirmou que o Estado se responsabilizaria, “ele falou mais não cumpriu e a prefeitura é responsável. A administração fez cotação para tomada de preços para cadastro de fornecedores, foi bem sucedido e aguardamos o processo licitatório e isso leva tempo, a população está desassistida”, concluiu.