A situação da saúde do município de Santo Antônio de Jesus voltou a ser foco dos comentários da cidade. Desta vez, o assunto se dirige para o lado da construção e inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a falta de medicamentos nos postos de saúde e no CAPS. O vereador Antônio Nogueira Neto (PSB), o conhecido Tom, se mostrou indignado com a situação da população com a falta de remédios e expôs seu pensamento e opinião na Tribuna da Câmara Municipal de Vereadores, inclusive esteve na Rádio Recôncavo FM e afirmou: “O prefeito fica com ironia e gozação com a cara do povo, que recebe um salário mínimo e ainda tem que gastar cerca de R$ 200,00 reais por mês para comprar os medicamentos que deveriam ser dados”.
Secretária responde a falta de medicamentos no PSFs: Diante de toda essa polêmica a secretária municipal de saúde, Laurijane Mercês, se pronunciou em entrevista a emissora na manhã desta terça-feira (09). Ela destacou que num momento infeliz como esse quando a gestão está sofrendo junto à população essa situação da falta de remédios, que está sendo geral no estado da Bahia, é difícil ver a postura do vereador, “ele está se aproveitando desse momento difícil para ter benefício político”, disse. Segundo a entrevistada, a prefeitura não está se acomodando, nem vendo essa situação de camarote, “muito pelo contrário, está sendo buscados meios possíveis para sanar esse problema de imediato”, alegou. Ela contou que todas as notificações foram feitas às empresas que não entregaram esse medicamento, inclusive elas ficarão impossibilitadas de participar do novo processo licitatório e houve problema com o abastecimento do Estado. “Fizemos tudo que podíamos para receber esses medicamentos, mas algumas não cumpriram com o seu papel, serão notificadas e eliminadas do processo licitatório”, afirmou, acrescentando que um novo processo está em andamento e será concluída amanhã, quarta-feira (10). Respondendo as acusações, a secretária negou que haja irresponsabilidade por parte da prefeitura, pois está sendo buscando uma solução para essa dificuldade. Conforme Laurijane faltam medicamentos controlados, anticoncepcionais, para hipertensos e diabéticos, dentre outros.
Prefeito insinua que população estoca remédios: A respeito do comentário de que o prefeito teria dito que a população estaria guardando em casa os medicamentos, a secretária salientou que não sabe o que foi relatado pelo prefeito, pois não ouviu essa entrevista, completando que não acredita nessa situação, “soube que o prefeito falou na imprensa, mais não ouvir, o que posso dizer é que a população não estoca medicamentos”, salientou.
Cooperativa que presta serviço ao município: Perguntada se a prefeitura tem contrato de locação de mão de obra a exemplo da Cooperativa COF Saúde, que presta serviço ao município na área da saúde, a secretária ressaltou que todos os funcionários (médicos, enfermeiros, dentistas, dentre outros...) trabalham pela cooperativa. Para falar sobre o valor pago a essa empresa, Laurijane arrodeou e frisou que esses dados são divulgados e abertos ao público no Diário Oficial do Município, “qualquer pessoa pode ter acesso a esses valores”, garantiu.
Construção dos Postos de Saúde: Outro fato citado pelo vereador Tom, foi à precariedade dos postos de saúde, que segundo o mesmo, estes não foram construídos com o dinheiro enviado pelo Ministério da Saúde. Laurijane disse que é visto o excelente trabalho feito pelo prefeito Humberto, ironizando que diante disso é visto o “trabalho” realizado pelo então vereador Antônio Nogueira Neto. “Ele foi visitar as instituições comentadas por ele no início da falta de medicamentos, quando assumimos essa nova gestão, então herdamos essa precariedade e caos da gestão passada. Realmente encontramos geladeiras quebradas, autoclaves e tudo que foi relatado, como ele contou que viu nos postos de saúde. A gestão de Humberto Leite está mudando essa história, estamos conseguindo da melhor forma possível transformar essa realidade em algo melhor”, comentou, entrando nos trabalhos realizados pelo município, ela convidou o vereador e a imprensa local a visitar as novas instalações das unidades do Calabar Urbis I, Urbis II, Irmã Dulce, Bela Vista, Amparo, Urbis III, Centro de Especialidades Odontológicas, Urbis IV, Centrosaj, São Bartolomeu e várias outras, que estão em fase de conclusão.
Obras da UPA: Diante de questionamentos sobre a obra da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que até o momento não foi inaugurada, inclusive um processo está no Ministério Público Federal para averiguar a situação. Laurijane frisou que a UPA foi uma herança obtida e foi possível dar continuidade a obra, porém houve alguns impedimentos legais, já que a empresa anterior não cumpriu com o determinado no contrato e foi preciso notifica-la. “Fizemos um novo processo licitatório do que faltava concluir, mas não apareceu ninguém para realizar o serviço. Agora estamos fazendo a tramitação de uma nova licitação, para que possamos ter um amparo jurídico para contratar uma empresa diretamente e possamos concluir e dar início a conclusão da obra ainda este ano, e provavelmente o trabalho será realizado em breve, estamos também fazendo cotação de empresas para fazer a gestão da UPA, pois não podemos concluir a obra, sem ter amparo de profissionais, medicamentos e laboratórios”, destacou. Ainda de acordo com Laurijane, há aproximadamente R$ 200 mil em saldo para a obra.
Hospital e Maternidade Luís Argolo: Mesmo com o acordo feito entre o Hospital e Maternidade Luís Argolo e a Prefeitura Municipal os funcionários da unidade hospitalar ainda sofrem com os atrasos nos salários. A respeito dessa questão, a secretária explicou que primeiro é recebido à informação do que foi produzido pelo Ministério da Saúde, assim que eles avaliam que não tem nenhum erro ou problema, temos acesso às informações, para que possamos de fato iniciar processo para pagamento, “para o cumprimento legal é exigido todas as documentações e assim o pagamento é feito de imediato. Estamos avaliando tudo, inclusive às metas quantitativas, qualitativas e tudo que vem no próprio contrato”, explanou. Conforme ela, qualquer erro pode atrasar o repasse, que precisa ser corrigido e encaminhado para a secretaria. Sobre os R$ 80 mil reais, ela cientificou que é da subvenção, afirmando que imediatamente após verificar a crise em que passava o hospital, foi feito o acordo de repasse da subvenção, além do contrato. Ainda no assunto do Luís Argollo, foi informado que o diretor da unidade teria pedido demissão. Com relação a essa notícia, a secretária de saúde comentou que o próprio provedor do hospital informou dessa saída, inclusive será marcado uma nova reunião para decidir quem irá assumir o cargo.