Na última sessão na Câmara de Vereadores da cidade de Santo Antônio de Jesus foi apresentado uma emenda parlamentar que aumenta para 17 o número de edis a serem incluídos nas eleições de 2016. Quatro votos foram contrários à votação mesmo seguindo a lei orgânica que confirma o acréscimo de até 19 vereadores para uma população maior que 120 mil habitantes. Em entrevista na tarde da última sexta-feira (08) o vereador Antônio Nogueira, conhecido Tom (PSB), mostrou-se contrário à decisão, “temos que ser realista e deixar de fazer teatro”, disse. Tom colocou que a emenda não irá beneficiar em nada a população trazendo apenas ônus aos cofres públicos. Enfático em seu pronunciamento, o vereador disse ainda que o acréscimo favoreceria sim aos partidos e coligações, “o objetivo é único, tornar a reeleição muito mais fácil. Eu particularmente acredito que deve permanecer o número de cadeiras que está ou até a diminuição. A população ainda não está madura suficiente para esta mudança”, salientou. Sempre se mostrando contrário, o vereador acrescentou que aumento é ruim para as finanças da Casa, e justificou sua decisão baseando-se na crise econômica do país que passa por uma recessão, “basta o vereador trabalhar um pouco mais que ele abrangerá uma área maior de atendimento à população. Se fosse um projeto de não reeleição para os vereadores ninguém votaria favorável”, rebateu.
Para Tom o aumento do número de vereadores faz crescer as despesas: Com o acréscimo de três vereadores nas próximas eleições deve-se somar também o numero de servidores e serviços a serem contratados, como citou o parlamentar, assessoria, veículo e despesas, “eles discursam dizendo que não mexerá nas finanças e recursos e é mera enganação. É preciso pensar em qualidade e não em quantidade. A população passa por diversas dificuldades e o dinheiro será gasto com supérfluos. Esse dinheiro deveria ser gasto com medicação e pavimentação porque é disso que a nossa sociedade precisa”, declarou. Para Tom, as discussões e medidas que serão votadas na Câmara deveriam passar pelo crivo da população, já que a sociedade é o patamar da política, “os projetos são lançados de qualquer maneira e o povo não é sequer informado. Muita gente não acompanha a vida politica da cidade e fica sem conhecer de fato o que está acontecendo”, afirmou. A emenda foi analisada e será votada nas próximas sessões. De acordo Tom, o atual presidente da Casa, Luís do Alto (PP) tem agido de forma imparcial em seus pareceres e propostas, “acredito que ele me dará apoio. Sou contra o acréscimo, mais se eu for convencido por aqueles que realmente interessam que é a população de que será beneficiada, estarei aberto em aceitar”, informo. O edil também disse que convocará a sociedade e autoridades governamentais e não governamentais estarem participando das próximas sessões.