A Polícia Federal (PF) apreendeu um bilhete manuscrito do empresário Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da empreiteira com o mesmo nome da família, que seria entregue aos advogados. Segundo o Estado de S. Paulo, o bilhete contém a expressão "destruir e-mail sondas". A existência da nota foi informada à Justiça. "Como de praxe, as correspondências dos internos são examinadas por medida de segurança", informou a PF ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato. Uma das provas que pode incriminar Marcelo é uma troca de e-mails entre funcionários da empreiteira que faz referência à colocação de sobrepreço de US$ 25 mil por dia em contrato de afretamento e operação de sondas. A mensagem foi enviada por Roberto Prisco Ramos para Marcelo Odebrecht e três executivos da empresa, Fernando Barbosa, Márcio Faria e Rogério Araújo. Segundo o delegado Eduardo Mauat da Silva, que comunicou à Justiça Federal a descoberta do bilhete, os advogados "ponderaram que o verbo 'destruir' se referia a uma estratégia processual e não à supressão de provas, destacando que o documento original teria sido levado a São Paulo por outro advogado e que iriam apresentá-lo". Clique na imagem abaixo para ampliar: