Foi presa na última segunda-feira (06), a senhora Nilziene Mateus Santos, acusada de exercer ilegalmente a medicina nos municípios de Cansanção e Governador Mangabeira, região do Recôncavo baiano por utilizar um registro do CREMEB (Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia) de outra médica, a Dra. Alane Silva Correia para realizar atendimentos. Segundo o chefe da 4ª Coorpin, Dr. Paulo Guimarães, cujos agentes foram responsáveis pela prisão, a profissional cujo registro estava sendo usado compareceu à delegacia de Santo Antônio de Jesus para apresentar seus documentos e diploma, confirmando que poderia exercer a função. O inquérito ainda prossegue, mas o advogado de Nilziene, Guga Leal ressaltou que sua cliente não é falsa médica, mas sim formada na função de médica cirurgiã na Bolívia, não utilizou, mas sim encontrou as guias e receitas preenchidas e carimbadas pela titular que estariam carimbadas, sendo que tais tópicos devem ser investigados pelo delegado. “Após a comunicação do flagrante, o Juiz em menos de 15 minutos concedeu liberdade à Nilziene por entender que ela não cometeu nenhum tipo de crime grave, até porque não levou perigo à vida de ninguém, uma vez que é formada na área, mas não tem o registro do CRM (Conselho Regional de Medicina). Os cubanos do programa Mais Médicos recebem gratuitamente um CRM quando adentram no país, mas os brasileiros não tem esse direito. Para procurar um meio de se sustentar, minha cliente cometeu tal delito, que está errado, mas foi por esse motivo que ela efetuou a ação”, explicou, alegando não ter sido informado sobre a atuação da acusada na cidade de Cansanção. De acordo com o advogado, ao sair da delegacia de Governador Mangabeira, algumas pessoas estavam presentes e falaram bem sobre o atendimento digno prestado por Nilziene. O advogado comentou que o governo brasileiro deveria fazer um convênio com as universidades da Bolívia onde muitos cidadãos do país estudam a fim de beneficiar a todos e não só os médicos de Cuba.