Após o prefeito de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano, Humberto Leite (PDT), anunciar o corte nos salários para combater a crise, o vereador Uberdan Cardoso (PT) publicou nota em uma rede social onde destaca que a medida extrema ocorreu quatro meses depois da criação de 200 cargos com rendimentos entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. De acordo com o opositor, “isso representa uma total falta de planejamento de gestão. Claro que o prefeito não tem que ser vidente, mas tem que planejar”. O edil pontuou ter sido contra a reforma administrativa encaminhada pelo gestor à Câmara Municipal nos mês de abril que gerou um ônus ainda maior ao município e teria contribuído para o endividamento da cidade. Ainda de acordo com ele, “foi voto vencido” entre os colegas. “A administração municipal não preparou Santo Antônio de Jesus para os momentos difíceis. Foi imprudente. Foi panfletária. Em todas as entrevistas se ouvia o gestor dizer que ‘tinha dinheiro’. E gastou sem planejar”. Segundo o BN, ele encerra o texto ‘aconselhando’ o administrador da cidade a reduzir os gastos com os “super salários”, quentinhas, locação de automóveis, decoração de clubes para eventos, pagamento de cachês exagerados para bandas que tocaram no São João (segundo ele, conforme orientado pelo Ministério Público), além de ter atenção aos custos com aluguéis de imóveis em que funcionam repartições públicas: “o da sede da Secretaria de Saúde, por exemplo, renderá em quatro anos 816 mil reais ao ‘proprietário’”.