O advogado Cristiano Zanin Martins, responsável pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, apresentou uma petição ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, segunda instância da Lava Jato, pedindo que a conduta do juiz Sergio Moro seja apurada. As informações são do UOL. Em despacho, o magistrado disse que Zanin tinha conhecimento dos depoimentos de Emílio Odebrecht, presidente do Conselho da Odebrecht, e de Alexandrino Alencar, ex-executivo da empreiteira, prestados em função de acordo de delação premiada. Os empresários prestaram depoimento na última segunda-feira (5), no processo em que Lula é réu por suposta participação no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e a Odebrecht. A defesa do ex-presidente queria cancelar os depoimentos, alegando que não sabia que as delações haviam sido incluídas no processo. Qualquer eventual acesso anterior, além de não ter sido realizado pessoalmente por este advogado, não tem valor legal de intimação", escreveu na petição à segunda instância.
Moro alega que Zanin que o advogado teria acessado os arquivos na mesma data e em 1º de junho. "Salvo melhor explicação, os fatos afirmados na impetração pelos advogados, de que a Defesa teria sido surpreendida em 5 de junho, não são lamentavelmente verdadeiros", disse Moro ao desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4. O TRF aceitou parcialmente, na segunda-feira, pedido da defesa de Lula e definiu que as testemunhas fossem ouvidas novamente. Moro agendou datas para novas audiências com Emílio e Alencar. As novas oitivas ocorrem por videoconferência na próxima segunda, 12 de junho, às 9h30. (Noticias ao Minuto)