Enquanto o prefeito ACM Neto (DEM) decide se topa ou não uma candidatura a governador da Bahia em 2018, eis que pelo menos três dos seus secretários estão em articulações avançadas com vistas nas cadeiras do Estado na Câmara Federal. São eles João Roma (PRB), Tia Eron (PRB) e Paulo Souto (DEM). A pré-candidatura a reeleição de Eron é esperada desde quando ela assumiu a pasta da Secretaria de Promoção Social e Combate a Pobreza (SEMPS). No mesmo rumo está Roma. O chefe de gabinete de Neto foi alçado ao posto de pré-candidato por uma articulação do próprio prefeito, quando o preteriu da eventual candidatura à vice na chapa de 2016 a prefeitura local. O político, sempre com atuação discreta nos bastidores da gestão, se viabiliza como uma terceira cadeira do PRB que não necessariamente pertencem aos obreiros da Igreja Universal do Reino de Deus e será a personificação de Neto na Câmara Federal, caso seja oficializado candidato e eleito em outubro do próximo ano. O terceiro é Souto. O ex-governador e ex-senador é tido como um medalhão do DEM. Apesar de ter amargado derrotas para o PT nas concorridas sucessões ao Palácio de Ondina, o atual secretário da Fazenda é tido em pesquisas internas do partido como um dos francos favoritos da disputa pela Câmara Federal.
MUDANÇAS - Muito mais da curiosidade que move saber das pretensões políticas dos três está os eventuais substitutos da tríade no Palácio Thomé de Souza. Geralmente a solução apresentada por ACM Neto nos últimos pleitos é caseira: os subsecretários de cada pasta assume a lacuna. Porém, uma corrente netista acredita que o fato não deve acontecer. Se realmente Neto for candidato a governo, a gestão municipal estará nas mãos de Bruno Reis (PMDB), seu vice. O peemdebista pode, a partir deste contexto, começar a promover uma reforma administrativa com seus nomes de confiança, como, por exemplo, a chefia de gabinete.